sábado, 18 de abril de 2009

EDUCAÇÃO ESPECIAL - FÓRUM

Na Interdisciplina EPNEE foi aberto o fórum “Educação Especial: histórias e políticas” a fim de debatermos nossas idéias acerca da educação especial, sua história, as escolhas que a constituem e nosso encontro com a área. Conhecimentos? Surpresas? Idéias preconcebidas?

Os questionamentos norteadores para iniciar o debate foram os seguintes: A Educação especial tem sido caracterizada por muitas mudanças.* Quais são os direcionamentos dessas mudanças? * De que maneira vocês se sentem envolvido/as nesse processo? *Quais foram as principais novidades encontradas nas leituras?
Assisti a dois vídeos sugeridos. A partir daí comecei a participar do fórum procurando estabelecer um debate com pelo menos duas colegas.

1ª PARTICIPAÇÃO:
Ainda não li os textos sugeridos, mas acabei de assistir aos filmes. A ligação entre eles é óbvia! Falar sobre pessoas com necessidades especiais, não só as educacionais, é algo que não pode mais ficar de fora das discussões entre todas as pessoas preocupadas com o tema inclusão. Educadores e pais são os que mais lutam para que a inclusão tome o seu devido espaço, pois assim como falou a colega Roseli, a inclusão é um movimento justo, mas que está sendo encarada com muita superficialidade. Esta superficialidade está acontecendo nitidamente em minha escola, que este ano está recebendo em número maior, crianças com necessidades educacionais especiais. Temos dois cadeirantes que não apresentam apenas dificuldades motoras, uma outra criança que já freqüenta a APAE, outra que faz tratamento na AACD... Mas pelo que assisti nos filmes é necessário que estas crianças tenham um atendimento educacional especializado dentro da própria escola, para que assim possam participar com mais entendimento das aulas em sala de aula normal, ou seja, do ensino regular. Mas como ainda não há esse atendimento especializado, em minha escola, nós professores temos que enfrentar esta situação com garra, esforço, persistência e sem dúvida com muita afetividade, assim como diz a colega Maria Aparecida. Pois conscientes de que a inclusão é necessária a estas crianças, temos que continuar a trilhar esse caminho, pois queremos também que nossos alunos possam chegar cada vez mais perto de uma resposta educacional completa e de acordo com seus limites.

2ªPARTICIPAÇÃO:
Olá, colegas! Lendo as últimas postagens de minhas colegas, percebi novamente que a nossa preocupação com o tema inclusão continuará dando muito o que falar. E como somos um dos principais interessados por este assunto, é fundamental que continuemos a lutar, a ir atrás de tudo que possa servir de alavanca propulsora para atendermos crianças com necessidades especiais, da melhor forma possível. Assim como disse a colega Márcia Regina, concordo que não podemos resolver esta situação individualmente, pois não somos super-heróis, com super poderes, temos que contar, e muito com a participação das famílias dos sujeitos envolvidos. Mas também como a Márcia relatou, é preciso que estas famílias tenham consciência de todos os seus direitos para que possam reivindicá-los de modo legal. Muitos pais ainda acham que a escola é a principal responsável em atender seus filhos com necessidades educacionais especiais, sem terem o conhecimento de que é preciso contar muitas vezes com uma estrutura diferenciada para atendê-los adequadamente. Não estou falando só da parte física, mas também e principalmente de um atendimento educacional especializado, que falta totalmente em minha escola ,por exemplo, que já conta com casos de inclusão. Outro ponto importante destacado pela colega Sandra é que nós não temos tempo para investigar mais a fundo o mundo desses alunos de inclusão, ou seja, não conseguimos nem ao menos relatar nossas experiências dentro da própria escola na qual trabalhamos a outros colegas, para que todos os que constituem a escola fiquem cientes dos sujeitos que estamos atendendo, e se possível possam contribuir com exemplos concretos para um melhor desenvolvimento dessas crianças. Até mais, Fê.

3ªPARTICIPAÇÃO:
Considerando o que a colega Roseli disse e concordando com a colega Márcia Regina, os imprevistos podem acontecer a qualquer momento, em qualquer circunstância e com qualquer indivíduo. Para atendermos nossos alunos, independente de suas dificuldades, temos que respeitar suas individualidades, pois quantas vezes nos deparamos com crianças, ditas normais, com problemas tão absurdos que de imediato nos assustam e até mesmo nos desestruturam? Claro que devemos tratar os alunos com necessidades educacionais especiais com um olhar mais diferenciado porque são casos que até pouco tempo não faziam parte do nosso dia-a-dia, ou seja, estamos tendo sim que aprender com o NOVO, mas também levando em conta os conhecimentos que já possuímos, pois eles servem de base para novas assimilações. Ainda refletindo sobre as postagens das colegas Roseli e Márcia Regina, lembrei-me de quantas vezes tive que levantar a auto-estima dos meus alunos, dizendo o quanto são especiais, mesmo apresentando problemas. Temos que ressaltar sempre às pessoas que somos constituídos de limitações, mas certamente também de grandes habilidades. Isso podemos ver diariamente em nossas salas de aula: Mariazinha faz cálculos mentais corretos, com uma enorme rapidez, mas ao produzir um texto, quanta incoerência! Constantemente brinco com uma colega, professora de Educação Física, que ela nasceu para exercer esta função, enquanto eu, nem pensar... Mas ela ainda complementa dizendo que quando crescer quer ser criativa como eu. Então, viva as diferenças! Beijos e até mais, Fê.

Um comentário:

Fabiane Penteado disse...

Oi Fê!

Veja meu comentáriosobre tuas postagens na ultima que fizestes do dia 18/04(aprendendo sempre).

Bjão
Fabi