domingo, 26 de setembro de 2010

SETEMBRO - POSTAGEM 3

Do III semestre do curso de Pedagogia à distância da UFRGS, fizeram parte as seguintes Interdiscplinas: Artes Visuais, Literatura Infantil e Aprendizagem, Ludicidade e Educação, Música na Escola, Seminário Integrador III e Teatro e Educação.

Em Artes construímos em grupo um projeto de aprendizagem com o tema: “A arte e sua relação com o meio ambiente”, após nos aventurarmos na 6ª Bienal do MERCOSUL.

Para refletir... “É verdade que falar de arte é falar de sentimentos. Mas já faz algum tempo que as coisas não são só assim. Com o surgimento da arte abstrata, industrializada, irônica e destruidora de modelos anteriores, passou-se também a exigir do leitor e do espectador a utilização da razão, pois é preciso conhecimento e reflexão para se apreciar algo que não é imediato e que não corresponde aos padrões estabelecidos.

Com isso, os critérios definitivos para a apreciação da obra de arte deixaram de existir. Passou a haver maior diversidade de objetos artísticos e de modos de expressar a arte, deixando muita gente espantada. A partir do início do século XX, a arte não é mais julgada por sua beleza ou pela dificuldade que o artista demonstra ao produzi-la. A própria idéia de beleza se transformou. Por que a arte precisa ser necessariamente bela? E o que é beleza? São paisagens de primavera com pássaros cantando? São mulheres lindas e adornadas? Por que não trabalhar o conteúdo feio do mundo, da vida? Por que esconder o que a arte pode mostrar tão bem?”

Denise Grinspum e Noemi Jaffe.Ver Palavras, Ler Imagens

Em Literatura, sobre os contos de fadas, afirmei:

Eu gosto de trabalhar com contos de fadas em sala de aula. Acredito que é importante a criança “entrar no mundo da imaginação”, sonhar, sair da realidade. Penso que a realidade já é tão dura, são tantos os problemas sociais e econômicos, que nossas crianças merecem mergulhar na fantasia e tornarem-se príncipes e princesas, nem que por minutos. Os contos de fadas também podem ser usados como ponto de partida para releitura e paródias. Acredito que não só os contos de fadas, como toda literatura devam ser trabalhados, não como suporte para a construção de outros conhecimentos, mas como um conteúdo por si só. Para que não percamos seu objetivo central que é bárbaro: dar asas à imaginação.

Em Ludicidade, após a leitura do texto “O Papel do Jogo na Educação das Crianças”, da professora Gisela Wajskop França, destaquei ideias que estão diretamente ligadas à minha prática pedagógica: o jogo de faz-de-conta infantil constitui-se uma atividade infantil na qual as crianças, sozinhas ou em grupo, procuram compreender o mundo e as ações humanas nas quais se inserem cotidianamente; a criança toma posse do mundo concreto enquanto mundo de objetos humanos com o qual reproduz as relações humanas; nem sempre as brincadeiras das crianças são levadas em conta pelo currículo pré-escolar e quando o são aparecem apenas como recreação ou possibilidade de desgaste de energia.
Percebo que muitas vezes, durante as brincadeiras livres, as crianças “incorporam” certas identidades com a intenção de realmente compreender o CONCEITO do papel que assumiu.
Já tive em sala de aula: manobristas, professoras, mães, animais, pilotos de avião, princesas e fadas, explicitando de forma bem clara, características referentes à cada função.

A Música tem o poder de nos levar para lugares infinitamente desconhecidos, tanto no aspecto físico como no aspecto mais fantasioso e imaginável. Se os nossos alunos assimilassem todos os outros conteúdos, como assimilam as letras e melodias das músicas, teríamos excelentes aprendizes em todas as dimensões...

No Seminário Integrador, a partir do filme “Doze homens e uma sentença”, consegui elaborar dois conceitos: ARGUMENTO - é um sinal, um indício, uma indicação, que pode modificar uma evidência até então dita como incontestável. EVIDÊNCIA - é, a princípio, algo que é claro, verdadeiro, óbvio, não discutível, assimilado sem contestação, e muitas vezes palpável. Digo, a princípio, porque depois de “discutida” ela pode tornar-se uma falsa prova, e não mais uma evidência.

Aula de Teatro é teatro!

Partindo do princípio que qualquer indivíduo pode produzir arte, nada mais propício que o próprio ambiente escolar, para que essa construção se efetive, pois temos em nossas mãos os elementos operacionais necessários para o surgimento do teatro. Mas, apesar dessas condições, é preciso que haja um real comprometimento do professor em aproveitá-las, para o ensino do teatro propriamente dito.

Um comentário:

Patricia Grasel disse...

Fernanda,

Gostei muito de sua postagem, achei bem completa e detalhada. Vc relata todas as interdisciplinas cursadas, apresenta o que foi estudado e destaca o que ficou de cada interdisciplina.
Ficou muito boa sua postagem. Parabéns!