segunda-feira, 29 de setembro de 2008

APRENDIZAGEM A NÍVEL ESPÍRITA



OS NÍVEIS DE APRENDIZAGEM

As experiências vivenciadas durante os milhares de dias em que permanecemos na dimensão física podem ser ilustradas com os dias que compõem um calendário escolar. Embora aprendamos todos os dias, as lições são diferentes conforme cada conteúdo, circunstância e fase da aprendizagem. Assim, na trajetória percorrida do berço ao túmulo vamos assimilando diversificados conhecimentos segundo a faixa etária em que estivermos inseridos temporariamente. Quando somos crianças, normalmente, não sentimos o tempo passar. A vida corre à solta, sem preocupações ficamos a mercê da iniciativa e proteção dos adultos. Excetuando-se as crianças que enfrentam amarguras cruciantes, nesta fase, o Espírito reencarnado experimenta a sensação de uma vida bela, colorida e divertida. Mais tarde, quando atravessamos a fase da adolescência, a situação sofre alterações consideráveis. Os pais e responsáveis começam a cobrar responsabilidades, enquanto parece que a liberdade tende a se reduzir. Paradoxalmente, o adolescente é exigido como se adulto fosse e, posteriormente, é coibido como se fosse criança. Importante salientar que esta é uma estrada de mão dupla, ou seja, num determinado momento o adolescente exige que os mais velhos lhe tratem como adultos. Num momento não muito distante, vamos detectar o mesmo agindo com a inocência infantil. Inclusive, reside neste impasse, uma boa parcela dos tradicionais e desafiadores conflitos da adolescência. As tendências e inclinações de Espírito reencarnado aparecem gradativamente desde a infância, acentuando-se de forma considerável na transição da adolescência. Somando-se a isso, o adolescente sofre ainda uma considerável transformação anatomo-fisiológica patrocinada pelo fenômeno da puberdade. Nessa faixa etária o ser estabelece novas relações sociais caracterizadas por vínculos muito fortes, não obstante, muitas vezes sejam “amizades” precipitadas e instáveis. No convívio de novas companhias, alteram-se-lhes os hábitos e aos poucos começam a ver a vida sob uma ótica diversa daquela aplicada pela orientação familiar. Este mosaico de convivência e, por conseguinte, influências de toda ordem imprimem um risco potencial para os desvios morais e, por isso, se torna compreensível a resistência quanto à aceitação por parte de muitos pais. Por tudo isso, o indivíduo sente-se cercado de tantos desafios que não vê a hora de chegar à maioridade para desfrutar da tão apregoada “liberdade”. Assim, é natural que nesta fase da jornada terrena o tempo parece se arrastar. Mais tarde, o jornadeiro terrestre atinge a idade adulta, quando então passa a usufruir das prerrogativas legais no que diz respeito ao direito de decidir os rumos da sua própria caminhada pelas veredas da experiência vivencial. Não obstante, sabe-se que a maioridade legal não traduz, necessariamente, a maturidade do senso moral. De qualquer modo, neste período existencial o ser humano é submetido, independentemente da sua vontade, à dualidade dos direitos e deveres perante a lei humana. Por isso mesmo, a questão da liberdade estará sempre vinculada à contrapartida da responsabilidade. Quando o homem ou a mulher estagia neste nível sócio-psicológico se defronta com uma situação controversa, qual seja, saboreia a autoridade pessoal quanto às decisões mais complexas, ao mesmo tempo em que “paga um preço” consideravelmente alto para sustentar esta posição. Diante disto, muitos companheiros sofrem diversas quedas, sentindo-se muitas vezes despreparados para assumirem a própria realidade existencial. Considerando-se que a adolescência, mais do que uma condição orgânica é um estado psicológico que retrata a inexperiência, encontraremos pessoas em diferentes faixas da idade adulta que se comportam como adolescentes. Não gratuitamente, existe um chavão muito utilizado para atitudes inconseqüentes ou ingênuas tomadas por adultos que fala: - “Até parece que você não teve infância!” Assim, é quando atinge a idade adulta que o Espírito vivenciará a prova real do aprendizado alavancado na infância. È muito interessante observar-se quando estivermos no alto do nosso cinqüentenário existencial, a caminhada desajeitada dos mais jovens que nos seguem as pegadas. Apesar do aconselhamento persistente dos mais experientes, parece que os novatos fazem questão de caírem nas mesmas armadilhas na quais já fomos surpreendidos num pretérito não muito distante. Quando alcançarmos a terceira idade, oxalá possamos corresponder, pelo nosso comportamento, ao currículo que nos identificará, inconfundivelmente, pelas marcas registradas durante os dias em que vimos o sol nascer. O homem terreno quando alcançar a última fase da temporada reencarnatória deverá agir como um verdadeiro sábio, demonstrando diante das adversidades pessoais, cautela e paciência para com as dificuldades variadas. Quanto à resistência dos tutelados em relação aos conselhos dos mais experientes, às vezes, o ideal é observá-los vibrando, para que eles consigam vencer os obstáculos. Se porventura constatarmos o fracasso dos neófitos, devemos valorizar a coragem da iniciativa e, com uma boa dose de equilíbrio, evitar toda a crítica depreciativa. Todas as fases do aprendizado no corpo físico são importantes e indispensáveis. Não podemos “queimar” etapas, sob pena de termos que repetir lições retardatárias em experiências fora de época. O PROGRESSO SE REALIZA PROGRESSIVAMENTE...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

DESENVOLVIMENTO DA VIDA ADULTA


Com certeza, ao ler o texto "As oito idades do homem", segundo Erick, podemos perceber claramente o que caracteriza cada fase do desenvolvimento da vida adulta. E o que me chamou bastante a atenção, foi o fato de que se cada fase não for transcorrendo com tranqüilidade, se as pessoas não tiverem a oportunidade de experienciar o que lhes for sendo apresentado ao longo da sua vida, mesmo colecionando derrotas, a/ou as próximas fases poderão ser representadas por "sintomas" não tão previsíveis. Por isso, a importância de se viver e deixar os outros viverem cada fase da vida, conforme o "esperado". Se pudéssemos dosar a nossa vida: nem tanto ao céu, nem tanto ao mar, seria mais "confortável" para aqueles que não estão cientes ou não querem abrir os olhos para encarar as reais possibilidades de transformação num mundo em ação.