Na aula presencial de "Questões Étnico - Raciais na Educação: Sociologia e História", no dia 20/05, no primeiro momento, assistimos à palestra da professora Marilene Leal Paré, a qual tratava de algumas questões conceituais trabalhadas até agora em nossa caminhada.
Em alguns momentos não consegui entender sua fala, devido à qualidade do áudio, ma algumas de suas colocações quero registrar aqui:
#busca da ancestralidade: o que aconteceu de significativo no mundo, quando eu nasci? como foi minha infância até os quatro anos de idade? quem faz parte da minha árvore genealógica?
#a sociedade brasileira é etnicamente desigual;
#o Brasil é o segundo maior contingente do mundo com população de negros;
#mais de 50% da população brasileira é de afro-descendentes;
#a criança negra tem necessidade de colocar seus sentimentos;
#a cultura familiar (valores), deve ser preservada ao longo da construção histórica;
#o outro é o diferente que me complementa.
Para finalizar o vídeo, Marilene Paré declamou o poema de Roseana Murray, intitulado:
Em alguns momentos não consegui entender sua fala, devido à qualidade do áudio, ma algumas de suas colocações quero registrar aqui:
#busca da ancestralidade: o que aconteceu de significativo no mundo, quando eu nasci? como foi minha infância até os quatro anos de idade? quem faz parte da minha árvore genealógica?
#a sociedade brasileira é etnicamente desigual;
#o Brasil é o segundo maior contingente do mundo com população de negros;
#mais de 50% da população brasileira é de afro-descendentes;
#a criança negra tem necessidade de colocar seus sentimentos;
#a cultura familiar (valores), deve ser preservada ao longo da construção histórica;
#o outro é o diferente que me complementa.
Para finalizar o vídeo, Marilene Paré declamou o poema de Roseana Murray, intitulado:
Espelho
Olho o mar. O horizonte levemente pousado na água. Onde céu e mar se encontram: território dos sonhos.
Onde eu termino e o outro começa: território dos sonhos.
Por que desde sempre quisemos reduzir o outro em nós mesmos?
Por que temos tanto medo da diferença, da dissonância, do que existe atrás da porta?
Nós, humanos, somos animais repetitivos. Sempre andamos pelo mesmo lado da calçada, comemos a mesma comida, fazemos os mesmos gestos, usamos sempre as mesmas palavras. Que o outro seja igual a mim, o meu espelho, amém.
A diferença é o que pode nos emocionar, mudar nossos gestos, nosso olhar sobre as coisas. E isso é muito perigoso, pois estranhas cantigas acordam conteúdos ador-mecidos ou esquecidos.
Em muitas civilizações o dife-rente era aniquilado. Povos in-teiros eram e ainda são aniquilados. A história nos fala todo tempo desta destruição.
Ouvir as diferenças é alargar o território do sonho. Abrir a porta que dá para o outro lado e aceitá-lo no que ele tem de diverso é a única ponte possível para a convivência humana.
Que o outro seja o espelho que me enriquece.
Roseana Murray
Algumas colegas se manifestaram afirmando que através desta Interdisciplina, estão tendo novos olhares a respeito das questões étnico-raciais, principalmente em relação à Educação, à sala de aula.
Assim como elas, também me desacomodei, pois tratar sobre este assunto, com a sua devida atenção e importância, mudará as relações professor/aluno.
A partir da identificação das 9 dimensões da expressão afro-cultural (detectadas pelo psicólogo afro-norte-americano Boykin e sua equipe), podemos compreender o por quê das atitudes comportamentais dos nossos alunos negros, e assim tentarmos elevar a sua auto-imagem, a sua auto-estima.