sábado, 25 de dezembro de 2010

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

NOVEMBRO - POSTAGEM ÚNICA


No 7º semestre do curso de Pedagogia à Distância, realizamos diversas atividades propostas pelas seguintes Interdisciplinas: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS; DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO; LINGUAGEM E EDUCAÇÃO E SEMINÁRIO INTEGRADOR VII.
Na EJA, produzimos em grupo um Pôster sobre esta modalidade de ensino, buscando dentro de nossa própria escola, informações riquíssimas e que retrataram uma realidade muito próxima de mim, mas pouco conhecida. Este tema foi debatido em fóruns muito esclarecedores e confortantes, já que o "novo", não tão novo assim, se desenhava à nossa frente e se lançava como, quem sabe, mais um desafio para o futuro. Os materiais disponíveis para leitura foram muitos
: Parecer CEB no 11/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Relator: Carlos Roberto Jamil Cury; GIROUX, Henry. Alfabetização e a pedagogia do empowerment político. In: FREIRE, Paulo e MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura da palavra, leitura do mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. p. 1-27; OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set./Out./Nove./Dez. 1999, n. 12, p. 59-73; Educação de Adultos no Brasil: educação de adultos, educação popular e tema gerador (PowerPoint organizado pela Profa. Dóris Maria Luzzardi Fiss); HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992. E muitos outros...
Em Didática, refletimos sobre as marcas que as práticas pedagógicas deixam em nossas vidas, nos constituindo enquanto indivíduos; analisamos relações de ensino- aprendizagem no contexto escolar; conhecemos a vida e obra de Comênio, o “pai da Didática” e identificamos heranças das idéias pedagógicas presentes no cotidiano escolar; refletimos sobre o papel e a importância do planejamento escolar; analisamos etapas do planejamento pedagógico; relacionamos as discussões teóricas com as práticas docentes cotidianas; discutimos sobre os obstáculos da excessiva fragmentação do conhecimento disciplinar e pensamos possíveis alternativas a isso, entre elas o currículo integrado; fizemos a leitura de diferentes textos acerca do movimento da Escola Nova e suas implicações para a educação; conhecemos a origem da Pedagogia de Projetos e a compreensão da estrutura de planejamento dos Projetos de Trabalho; conhecer ideias básicas de Paulo Freire e a origem da proposta pedagógica por temas geradores e suas implicações nas práticas docentes com jovens e adultos; refletimos sobre a importância da ação dialógica e da contextualização do processo educativo na realidade do educando; estudamos dois pedagogos e suas contribuições importantes para o trabalho pedagógico: Maria Montessori e Célestin Freinet. A partir das temáticas abordadas na Interdisciplina “Didática, planejamento e avaliação” e dos pedagogos apresentados, analisamos o planejamento realizado na Interdisciplina “Linguagem e educação”. Também refletimos sobre a avaliação na prática pedagógica, identificando elementos que caracterizam a avaliação como ato que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e reconhecendo a avaliação como um ato potencialmente inclusivo.
Em Linguagem e Educação, vimos no 1º módulo, as múltiplas linguagens; no 2º módulo, práticas de Leitura, escrita e oralidade no contexto social; no 3º módulo, práticas de leitura, escrita e oralidade no ambiente doméstico. No 4º módulo, elaboramos a 1ª versão de um plano de aula para um dia letivo, e no 5º, relatamos e discutimos esta versão. Nos módulos 6 e 7, participamos de um fórum destacando e comentando idéias sobre os textos trabalhados até então. No último módulo, tivemos que fazer a postagem da versão final do plano de aula, com as devidas modificações. IDEIAS DESTACADAS NO DESENVOLVIMENTO DE UM PLANO DE AULA: os alunos aprendem em ritmos diferentes; o planejamento é importante, pois através de um roteiro organizado, podemos reavaliar todo o processo; os alunos que atendemos apresentam particularidades e são sujeitos que constroem o seu próprio aprendizado; a alfabetização e o letramento devem andar juntos; devemos oferecer aos alunos os diversos portadores de textos, relacionados à sua realidade e interesses. O planejamento direciona as nossas ações, dando sentido a qualquer prática ou método utilizado. Somos capazes sim de elencar um leque de possibilidades de aprendizagens que serão oferecidas aos alunos e que poderão ser melhoradas, adaptadas, repensadas, ou ainda, repetidas, se fizermos uma auto-avaliação consciente, contemplando o ensinar e o aprender.
No Seminário Integrador, em grupos, discutimos sobre os PAs; coletamos dados; reunimos informações para responder a pergunta do PA. Tivemos aula sobre publicação nos blogs. Construímos um mapa conceitual individual sobre o PA; fizemos uma síntese de todas as informações interessantes e necessárias coletadas e que respondiam à grande pergunta do grupo que era "De que forma a família e a escola podem influenciar no desenvolvimento da personalidade da criança?" e construímos um mapa conceitual do grupo. Também tivemos contato com as Arquiteturas Pedagógicas.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

OUTUBRO - POSTAGENS 3 E 2


POSTAGEM 3
No 6º semestre do curso de Pedagogia as Interdisciplinas com as quais trabalhamos foram: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II, Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, Filosofia da Educação, Questões Étnico - Raciais na Educação: Sociologia e História e Seminário Integrador VI.
Em Psicologia estudamos os períodos do desenvolvimento cognitivo.

Para Becker (2001, p.187), o desenvolvimento dá-se na relação com o meio, porém ele é individual. O estádio em que um indivíduo se encontra “é radicalmente individual, não pode, pois, ser confundido com o de nenhum outro indivíduo”.
O professor deve oportunizar ao aluno momentos de reflexão, através de atividades desafiadoras, pois assimilar, ou ainda, aprender, implica em desacomodação/acomodação. E para que esta ação leve a novas aprendizagens, é decisiva a intervenção do educador.
O aluno constrói um conhecimento novo, se ele puder agir e problematizar a sua ação, se houver a possibilidade do sujeito interagir com o objeto do conhecimento.
É fundamental recriarmos cada conhecimento já criado pela humanidade.
A reflexão e a experimentação são ações poderosas e permanentes em qualquer construção de aprendizagem.
A construção das noções de justiça, solidariedade, intencionalidade e responsabilidade, incidem no comportamento das crianças de forma peculiar e individual.

Na última aula presencial de Psicologia II, trabalhamos em conjunto com a Interdisciplina Seminário Integrador, no estudo e elaboração de mapas conceituais.
“A principal meta da educação é criar homens capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe.” Jean Piaget
A Educação Especial
foi debatida, refletida, estudada, aprendida, assimilada e mais entendida, pois trabalhamos com o Dossiê de Inclusão. Através dele fizemos uma pesquisa toda voltada a um estudo de caso, ou seja, apresentamos um aluno com NEEs e postamos todas informações possíveis.
Falar sobre pessoas com necessidades especiais, não só as educacionais, é algo que não pode mais ficar de fora das discussões entre todas as pessoas preocupadas com o tema inclusão.
Falar sobre pessoas com necessidades especiais, não só as educacionais, é algo que não pode mais ficar de fora das discussões entre todas as pessoas preocupadas com o tema inclusão.
Assisti ao interessante documentário “A História de Peter” que aborda a inclusão de alunos com deficiência mental em uma sala de aula do ensino comum.
Refletimos e debatemos a respeito de vários aspectos relacionados aos serviços de apoio à inclusão escolar.
Esta Interdisciplina nos ofereceu uma vasta e rica bibliografia.
Em Filosofia, trabalhamos com o texto "O Dilema do Antropólogo Francês"; com o filme "O Clube do Imperador"; interpretamos o ensaio do filósofo alemão Theodor Adorno, intitulado "Educação após Auschwitz", texto que alinha moralidade, política e educação a partir do terrível evento do século XX: o Holocausto. Também comparamos o texto de Adorno com o 1º capítulo do livro de Kant, "Sobre a Pedagogia".
es interpessoais favoreçam a valorizaçgens msos alunos um ambiente onde a sensibilidade, a criatividade, a cooperaçNa escola podemos e devemos propiciar aos nossos alunos um ambiente onde a sensibilidade, a criatividade, a cooperação, o diálogo, sejam facilitadores de aprendizagens múltiplas, e onde as relações interpessoais favoreçam a valorização das diferenças e o resgate das identidades perdidas.

Lutar contra a selvageria é, portanto: tornar-se culto, adquirir vários conhecimentos, adquirir habilidades condizentes com todos os fins que almejamos, isto é, os bons fins escolhidos e aprovados necessariamente por todos e que podem ser, ao mesmo tempo, os fins de cada um.
Carentes de reflexão sobre si mesmos, os homens atacam os outros, inconscientemente.

A humanidade tem que acordar hoje para a vida, antes que a vida adormeça logo ali em frente!


Em relação às Questões Étnico-Raciais, discutimos e refletimos muito: Como podemos constituir a elaboração de uma atividade didático-pedagógica que contemple os etnicamente excluídos do currículo escolar? Qual o papel de uma educação para a diversidade? Em que a sensibilização da aula presencial pode estar contribuindo no desenvolvimento da temática junto aos alunos? Por que as pessoas afro-descendentes ainda sofrem tantas discriminações? A existência de leis irá favorecer realmente, concretamente, os negros? Esses questionamentos nos propiciaram ricas informações a respeito do povo indígena e do povo africano, que tanto contribuíram com a nossa cultura.


POSTAGEM 2
No 5º semestre do curso de Pedagogia, trabalhamos com as seguintes Interdisciplinas: Projeto Pedagógico em Ação, Organização do Ensino Fundamental, Organização e Gestão da Educação, Psicologia da Vida Adulta e Seminário Integrador V.
Projeto Pedagógico em Ação – Iniciamos nossas atividades com o fórum sobre ”Projetos de Aprendizagem”. A partir deste fórum começamos a fazer muitos questionamentos, visto que um PA nasce das certezas provisórias e das dúvidas temporárias. Para ampliarmos nossos conhecimentos, a professora Jaqueline sugeriu a leitura do texto “Projeto de Aprendizagem? O que é? Como se faz?”, de autoria de Léa Fagundes, que fala sobre a conceituação e a operacionalização dos projetos de aprendizagem. E então, chegou a nossa vez de desenvolver um Projeto de Aprendizagem! O meu grupo escolheu a seguinte questão: Como a família e a escola influenciam na personalidade da criança? Fizemos muitas pesquisas, debatemos, construímos, reconstruímos, elaboramos mapas conceituais, fizemos resumos e também uma auto-avaliação.
Organização do Ensino Fundamental - Fizemos muitas leituras: Gestão democrática na e da educação: concepções e vivências, Organização Curricular da Escola e Avaliação da Aprendizagem., Projeto Político Pedagógico (PPP), Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico: Espaços para a Construção de uma Escola Pública Democrática. Assistimos ao vídeo Gestão Escolar Democrática que está disponível em http://videogestoademocratica.pbwiki.com/. Encerramos esta Interdisciplina com uma discussão no fórum: Quais são os elementos (concepções, instrumentos, processos) fundamentais da gestão democrática escolar?
É fundamental a participação efetiva de todos os segmentos da sociedade, para que a escola seja considerada e transformada, em um ambiente de gestão democrática. Todos os envolvidos nesse processo de democratização têm o direito de agir concretamente a fim de construir uma escola de qualidade. É preciso conscientizar toda a comunidade escolar de que a participação em massa poderá trazer para a instituição a possibilidade de aprimoramento em qualquer setor. Não é fácil decidir o futuro sob qualquer ângulo, principalmente quando os sujeitos envolvidos possuem características tão diferentes. Mas, justamente por esta diversidade, é que a gestão democrática poderá ser enriquecida e aperfeiçoada, ficando mais próxima daquilo que todos os cidadãos pensantes almejam. (Fernanda dos Santos)
Organização e Gestão da Educação – Construímos uma linha de tempo, no programa XTIMELINE, reconstituindo várias questões relativas às constituições federais de 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988. Estudamos sobre os conselhos do FUNDEB e da Alimentação Escolar. Fizemos Reflexões sobre minha profissão. Desenvolvemos atividades e leituras referentes ao Financiamento da Educação, aos Profissionais da Educação à Educação Básica no Brasil. Algumas das diversas leituras: Política pública e gestão da educação em tempos de redefinição do papel do Estado, Federalismo e Descentralização, “Noções Gerais sobre o financiamento da educação no Brasil”, de José Marcelino de Rezende Pinto e Thereza Adrião, A ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA EM PERSPECTIVA HISTÓRICA: ÊNFASE NO PERÍODO REPUBLICANO E NA EDUCAÇÃO ELEMENTAR.
Psicologia da Vida Adulta – Discutimos várias temáticas relativas à Psicologia da Vida Adulta, no fórum: Para participar do fórum a fim de responder a questão \ “O que eu ganho sendo adulta?\", fiz a leitura de todas as colocações dos colegas e professora, e fui me questionando e conforme Maturana percebi que olhando para o lado, sempre encontrarei pessoas que fazem parte do mesmo mundo onde vivo e que elas, por suas características individuais e bem diferenciadas, podem me ensinar através da razão e da emoção. Por isso, sendo adulta, quando me encontro com o outro com a consciência de que não tenho o acesso à realidade independente do observador, ganho condições de estabelecer uma convivência, onde a conversa será o elo entre o linguajar e o emocionar. Se este elo estiver baseado em relações mais heterárquicas, ou seja, baseadas no amor, a relação professor/aluno, beneficiará o processo de aprendizagem. Sendo adulta, tenho a liberdade de me posicionar em minhas relações interpessoais como um ser ativo, onde o caminho explicativo que será adotado por mim, dependerá do domínio emocional no qual me encontro no momento da explicação. SER ADULTA, hoje é para mim, a condição mais favorável para minha qualidade de vida, pois estou mais responsável do que nunca!!! BEIJOS DA FÊ. Realizamos um PROJETO TEMÁTICO chamado: Transtornos na idade adulta: bipolar, síndrome do pânico, depressão, que foi apresentado através de slides.
Todos nós temos preocupações. Elas estão ligadas ao nosso instinto de sobrevivência, mas viver o presente e ter consciência dos nossos limites são as estratégias mais eficientes para “desprogramar” a preocupação.

sábado, 9 de outubro de 2010

OUTUBRO - POSTAGEM 1

Durante o quarto semestre do curso de Pedagogia à Distância da UFRGS, desenvolvemos diversas atividades propostas pelas Interdisciplinas: Representação do Mundo pela Matemática, Representação do Mundo pelas Ciências, Representação do Mundo pelos Estudos Sociais e Seminário Integrador IV.

Os principais conteúdos trabalhados na Matemática foram: classificação e seriação, números e operações e espaço e forma. Em meu wiki individual foram postadas as respostas de cerca de vinte questões de Matemática. Além do wiki individual, também tivemos um wiki coletivo, onde fizemos trocas muito enriquecedoras: Quanto às operações, é importante o uso de material concreto, pois auxilia na construção e formulação de hipóteses. Também se deve dar oportunidade para que a criança crie seu próprio caminho para chegar a uma conclusão, sendo fundamental criar um espaço para que os diferentes resultados e os caminhos sejam discutidos. Trabalhamos com geometria, campo multiplicativo, gráficos, malha quadriculada, sequência, frações, estimativas, enfim, uma série de conteúdos que foram contemplados nas criativas atividades postadas por todos os alunos.

Em Ciências, a atividade sobre SOMBRAS, foi muito interessante, principalmente porque teve a participação direta dos meus alunos da 2ª série, que neste dia estiveram bem receptivos. Estudamos sobre as Representações da Natureza e seus Ciclos. Falando em ciclos, foi proposta a seguinte atividade: elaboração de um planejamento para desenvolver estudo sobre os ciclos da natureza. Escolhi planejar sobre a cadeia alimentar, visto que é um tema profundamente vital. O comentário da tutora Denise, só confirmou minha escolha: Gostaria de lhe parabenizar por planejar uma atividade onde as crianças possam ouvir os outros e assim refletir a partir de diferentes olhares, não só o que está dito nos livros ou o que a professora diz.



Iniciamos os Estudos Sociais com um fórum que serviu de espaço para discutirmos a elaboração de um planejamento em Estudos Sociais, a partir do estabelecimento de redes de aprendizagem. Tivemos também que realizar atividades sobre tempo e espaço com os nossos alunos e percebi, assim como os meus colegas de curso, quanta dificuldade as crianças apresentam em situar-se! As falas dos meus alunos do 1º ano são bons exemplos: “Profe, olha a bota que eu ganhei amanhã!” Um aluno da mesma turma disse numa 6ª feira de manhã: “Profe, a gente tem que dormir 2 vezes pra chegar o domingo, né?" Em uma aula presencial tivemos a satisfação de ouvir de um índio autêntico, o Dorvalino, um depoimento cheio de emoção. Em sua simplicidade, Dorvalino conseguiu passar com satisfação, um pouco de seus costumes, como por exemplo: as pinturas feitas nos rostos dos índios fazem parte de suas identidades. Elaborei a atividade  “TODO MUNDO MUDA COM O MUNDO”, que contemplou uma temática envolvendo “grupos sociais”. “Menino que muda muito, muda muito de repente, pois sempre que a gente muda, o mundo muda com a gente”. Elias José

No Seminário Integrador IV debatemos sobre a importância de se trabalhar com as perguntas dos alunos e a forma de conduzir este trabalho. Também refletimos sobre as habilidades envolvidas no tema reflexão. Á partir da leitura do texto “Perguntas Metafísicas”, ficou claro que temos que oportunizar aos nossos alunos momentos onde eles possam desempenhar um papel mais ativo no processo de investigação, passando de espectador para participante, compreendendo de forma mais consistente e bem pessoal, como certos fatos, ou termos, ou outra situação podem ser explicadas. Não existe pergunta que não seja inteligente, mas sim perguntas "vazias" se não soubermos explorá-las a fundo com os nossos alunos.

domingo, 26 de setembro de 2010

SETEMBRO - POSTAGEM 3

Do III semestre do curso de Pedagogia à distância da UFRGS, fizeram parte as seguintes Interdiscplinas: Artes Visuais, Literatura Infantil e Aprendizagem, Ludicidade e Educação, Música na Escola, Seminário Integrador III e Teatro e Educação.

Em Artes construímos em grupo um projeto de aprendizagem com o tema: “A arte e sua relação com o meio ambiente”, após nos aventurarmos na 6ª Bienal do MERCOSUL.

Para refletir... “É verdade que falar de arte é falar de sentimentos. Mas já faz algum tempo que as coisas não são só assim. Com o surgimento da arte abstrata, industrializada, irônica e destruidora de modelos anteriores, passou-se também a exigir do leitor e do espectador a utilização da razão, pois é preciso conhecimento e reflexão para se apreciar algo que não é imediato e que não corresponde aos padrões estabelecidos.

Com isso, os critérios definitivos para a apreciação da obra de arte deixaram de existir. Passou a haver maior diversidade de objetos artísticos e de modos de expressar a arte, deixando muita gente espantada. A partir do início do século XX, a arte não é mais julgada por sua beleza ou pela dificuldade que o artista demonstra ao produzi-la. A própria idéia de beleza se transformou. Por que a arte precisa ser necessariamente bela? E o que é beleza? São paisagens de primavera com pássaros cantando? São mulheres lindas e adornadas? Por que não trabalhar o conteúdo feio do mundo, da vida? Por que esconder o que a arte pode mostrar tão bem?”

Denise Grinspum e Noemi Jaffe.Ver Palavras, Ler Imagens

Em Literatura, sobre os contos de fadas, afirmei:

Eu gosto de trabalhar com contos de fadas em sala de aula. Acredito que é importante a criança “entrar no mundo da imaginação”, sonhar, sair da realidade. Penso que a realidade já é tão dura, são tantos os problemas sociais e econômicos, que nossas crianças merecem mergulhar na fantasia e tornarem-se príncipes e princesas, nem que por minutos. Os contos de fadas também podem ser usados como ponto de partida para releitura e paródias. Acredito que não só os contos de fadas, como toda literatura devam ser trabalhados, não como suporte para a construção de outros conhecimentos, mas como um conteúdo por si só. Para que não percamos seu objetivo central que é bárbaro: dar asas à imaginação.

Em Ludicidade, após a leitura do texto “O Papel do Jogo na Educação das Crianças”, da professora Gisela Wajskop França, destaquei ideias que estão diretamente ligadas à minha prática pedagógica: o jogo de faz-de-conta infantil constitui-se uma atividade infantil na qual as crianças, sozinhas ou em grupo, procuram compreender o mundo e as ações humanas nas quais se inserem cotidianamente; a criança toma posse do mundo concreto enquanto mundo de objetos humanos com o qual reproduz as relações humanas; nem sempre as brincadeiras das crianças são levadas em conta pelo currículo pré-escolar e quando o são aparecem apenas como recreação ou possibilidade de desgaste de energia.
Percebo que muitas vezes, durante as brincadeiras livres, as crianças “incorporam” certas identidades com a intenção de realmente compreender o CONCEITO do papel que assumiu.
Já tive em sala de aula: manobristas, professoras, mães, animais, pilotos de avião, princesas e fadas, explicitando de forma bem clara, características referentes à cada função.

A Música tem o poder de nos levar para lugares infinitamente desconhecidos, tanto no aspecto físico como no aspecto mais fantasioso e imaginável. Se os nossos alunos assimilassem todos os outros conteúdos, como assimilam as letras e melodias das músicas, teríamos excelentes aprendizes em todas as dimensões...

No Seminário Integrador, a partir do filme “Doze homens e uma sentença”, consegui elaborar dois conceitos: ARGUMENTO - é um sinal, um indício, uma indicação, que pode modificar uma evidência até então dita como incontestável. EVIDÊNCIA - é, a princípio, algo que é claro, verdadeiro, óbvio, não discutível, assimilado sem contestação, e muitas vezes palpável. Digo, a princípio, porque depois de “discutida” ela pode tornar-se uma falsa prova, e não mais uma evidência.

Aula de Teatro é teatro!

Partindo do princípio que qualquer indivíduo pode produzir arte, nada mais propício que o próprio ambiente escolar, para que essa construção se efetive, pois temos em nossas mãos os elementos operacionais necessários para o surgimento do teatro. Mas, apesar dessas condições, é preciso que haja um real comprometimento do professor em aproveitá-las, para o ensino do teatro propriamente dito.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

SETEMBRO - POSTAGEM 2

Para esta postagem fiz recortes de reflexões feitas a partir dos trabalhos desenvolvidos no II Semestre, que contemplaram as seguintes Interdisciplinas: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia; Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica; Fundamentos da Alfabetização; Seminário Integrador II e Infâncias de 0 a 10 anos.
Sobre o filme Freud, Além da Alma: A nossa mente é algo muito complexo. Quantas vezes temos dificuldade em \ “entender\" a mente alheia? Nós mesmos não nos conhecemos totalmente, precisamos nos analisar constantemente. Ás vezes, por exemplo, respondemos a uma mesma pergunta de várias formas diferentes, até mesmo devido aos nossos sentimentos, que são passíveis de mudanças. Apesar de toda esta complexidade, o importante é que nunca desistamos dos nossos objetivos, das nossas crenças, mesmo que o resultado não seja o esperado, pois é em cima de nossas incertezas e recaídas, que poderemos chegar mais perto daquilo que acreditamos. ACREDITAR EM NOSSA PRÁTICA PODE NOS LEVAR A GRANDES DESCOBERTAS. Trilha Psicanalítica: a) O QUE ESTOU APRENDENDO, NÃO TEM PREÇO! ULTIMAMENTE TENHO DITO NAS RODAS DE AMIGOS COMO É COMPLICADO VIVER SE AS PESSOAS DIFICULTAREM AQUILO QUE É SIMPLES. COM CERTEZA, DURANTE A NOSSA TRAJETÓRIA AQUI NA TERRA, IREMOS NOS DEPARAR COM DIFICULDADES, IREMOS CAIR VÁRIAS VEZES E ATÉ MESMO PENSAR EM DESISTIR. MAS SÃO ESSES ALTOS E BAIXOS QUE NOS IMPULSIONAM PARA NOVOS DESAFIOS, POIS RECOMEÇAR, SEMPRE É ESTIMULANTE. POR ISSO TUDO, VAMOS EM FRENTE QUE ATRÁS VEM GENTE. b) AO DESCREVER MEU TRABALHO COMO DOCENTE, VERIFIQUEI QUE FAZEM PARTE DESSA TRAJETÓRIA, MECANISMOS DE DEFESAS BEM SUCEDIDAS E ATÉ DE DEFESAS INEFICAZES. ÀS VEZES, OS PROFESSORES TAMBÉM DEIXAM DE SER LÓGICOS, OBJETIVOS E RACIONAIS, POIS PODEM DESENCADEAR SITUAÇÕES QUE PODEM PROVOCAR SENTIMENTOS DE CULPA OU ATÉ MESMO DE ANSIEDADE. NÃO ESTAMOS LIVRES DISSO. POIS SOMOS NÃO SOMENTE AQUILO QUE PENSAMOS CONSCIENTEMENTE. SERÁ QUE FREUD EXPLICA, OU SOMOS NÓS QUE COMPLICAMOS???? Às vezes, por diversos motivos, a escola de certa forma, acaba minando a curiosidade que é tão natural nas crianças. Esta curiosidade deveria ser aproveitada para despertar nos alunos cada vez mais a busca pelo desconhecido, fazendo com que eles se deparem com obstáculos, que poderão ou não ser transponíveis. Dar a faca e o queijo é muito mais fácil e cômodo para certos professores. Não quero ser um desses!!! Acredito muito no potencial que cada indivíduo tem internalizado. Os professores deveriam ser treinados para não deixar escapar cada momento marcante das descobertas feitas pelos alunos. Mas somos humanos, e não conseguimos perceber TUDO!
Texto Epistemologia Genética: assim como o próprio Piaget criou alternativas para investigar o desenvolvimento cognitivo, nós temos também a capacidade, a necessidade e a flexibilidade de construir inúmeras maneiras de ajudar o nosso aluno a fazer tranqüilamente as suas próprias construções; de acordo com Piaget, cada aluno tem seu próprio ritmo, que todos passam pelas mesmas fases do desenvolvimento cognitivo e que o aprendizado acontece de acordo com o meio em que está inserido, de acordo com as experiências adquiridas e com sua maturação, e é o que vemos a todo o momento.
Relação entre o filme “Memórias” e o texto “Memórias e Identidades”: de acordo com o professor Iván Izquierdo, que ensina neuroquímica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, explica melhor o papel das lembranças em nossas vidas ao afirmar que \ “somos aquilo que recordamos\". Ou seja: a memória é a reprodução mental das experiências captadas pelo corpo por meio dos sentidos. Muito daquilo que gostaríamos de lembrar, porém, acaba \ “fugindo\" justamente na hora em que mais precisamos. Por que será? Algumas lembranças ficam \ “escondidas\" porque estamos expostos a mais informações do que conseguimos guardar. Aparentemente perdidas, elas permanecem no inconsciente e voltam a aparecer sem que nós tenhamos controle. Sabe-se, no entanto, que os sentimentos regulam e estimulam a formação e a evocação de memória. Infâncias: na sala de aula tenho crianças que dificilmente demonstram alegria e prazer em aprender, crianças que necessitam falar, que necessitam ser ouvidas, crianças que são conduzidas até à escola e assistidas por adultos responsáveis (mas não o pai nem a mãe), crianças que se justificam por alguma necessidade sua, fazendo o mesmo discurso dos adultos com os quais convivem, crianças que se despem de qualquer armadura durante as brincadeiras, deixando fluir do íntimo do seu ser as mais puras e verdadeiras emoções. Disse a pedagoga Maria Lúcia Aranha, autora do livro Desenvolvimento Infantil na Creche: “A criança aprende bastante com os exemplos de quem está por perto”. E nada mais prazeroso e de peso que aprender com os próprios pais.
Como são originais as hipóteses das crianças e como é importante valorizar cada etapa evolutiva no mundo da escrita.
Ao utilizarmos vários portadores de textos estamos contribuindo para a alfabetização e para o letramento.
Memorial da minha infância: Enfim, viver nesta família é uma grande dádiva!
Aprendi muito com meus pais, principalmente a ser educada e humilde.
Amo imensamente a minha família!!!
“O QUE SOMOS É UM PRESENTE QUE A VIDA NOS DÁ. O QUE NÓS SEREMOS É UM PRESENTE QUE DAREMOS À VIDA.”
(Herbert de Souza)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

SETEMBRO - POSTAGEM 1

Quem vê nas pedras apenas as dificuldades do caminho, se esquece que, sem elas, poderia não existir o próprio caminho. Se por um lado elas atrapalham e machucam, por outro dão solidez e consistência à trilha.
OLÁ! MEU NOME É FERNANDA BEATRIZ SILVA DOS SANTOS, SOU DO PÓLO DE SÃO LEOPOLDO. Trabalho na escola Municipal Dr. Paulo da Silva Couto. Neste ano tive uma turma de 3ª série e uma de Educação Infantil. Sou professora há 20 anos e amo o que faço, pois posso a cada ano que passa reinventar minhas práticas pedagógicas. Sou casada há 16 anos e tenho uma linda filha de12 anos. Através desse curso, estou percebendo o quanto já sabia, mas não imaginava, e o quanto estou aprendendo. VAMOS NESSA QUE ESTÁ BOM À BEÇA!
É, e foi assim que comecei a minha caminhada acadêmica... Hoje, muitas coisas já mudaram, e para melhor! Mudanças pessoais, profissionais e acadêmicas. Minha filha já está com 16 anos e continua linda!
Quando iniciei o curso, várias vezes pensei e comentei com colegas e amigos, que quatro anos e meio demorariam muito a passar, mas mesmo assim estaria sendo válido, pois estava tendo a chance de fazer Pedagogia gratuitamente, em uma conceituada universidade: a UFRGS!
Depois da aprovação no vestibular, minha vida tomou um rumo cheio de surpresas, de desafios, de angústias, de conquistas, de superação, de VITÓRIAS!
Já no primeiro semestre, tive que enfrentar e aprender a lidar com a tecnologia, pois afinal, estava me aventurando numa modalidade não imaginada por mim, até então: a EAD (Educação à Distância). Estava diante de duas novidades: a universidade e os espaços virtuais. Inicialmente, para controlar o turbilhão de emoções, contei com valiosas ajudas: das colegas Daiany e Maria Luiza, que trabalham comigo na mesma escola e que também estão fazendo este curso, das tutoras do Pólo de São Leopoldo e dos meus familiares, principalmente do marido. O jeito foi arregaçar as mangas! No 1º semestre de 2006/2, realizamos atividades referentes a quatro Interdisciplinas: Seminário Integrador I, Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s), Escola, Cultura e Sociedade, e, Escola, Projeto Pedagógico e Currículo.
O primeiro semestre foi intenso no que diz respeito à proposta inovadora do curso que envolveu conteúdos específicos, apropriação tecnológica e interação com diferentes professores, tutores e colegas, com a intenção de formar uma comunidade que aprende junto. No S.I., ao final do semestre, destaco a atividade que tínhamos que selecionar uma produção já feita, que demonstrasse melhor uma aprendizagem relevante desenvolvida, em qualquer uma das quatro Interdisciplinas. A produção escolhida por mim e que se intitulou “documento testemunho”, foi a construção de um jornal a partir de um editor de texto, que no meu caso foi o Word. O jornal foi apresentado no workshop, ao final do trimestre.
Ideias em destaque:
Ao ler Max Weber, posso declarar que o poder sempre esteve e estará nas mãos de poucos, que dominam os ditos \"mais fracos\". E com certeza essa situação de dominação fará parte de todos os tempos. Porém, acho que o ideal seria que todo indivíduo pudesse estar ora como dominador, ora como dominado, para poder perceber na pele como se apresenta cada papel, pois falar sobre algo que não se tem conhecimento de causa é complicado. (Escola, Cultura e Sociedade)
Entrei em alguns blogs educacionais e achei muito interessante a infinidade de coisas que podemos fazer através desse meio. Estar em contato com outras pessoas sem mesmo vê-las ao vivo e a cores, acaba atiçando mais ainda a nossa curiosidade. Como o nosso trabalho pode ser enriquecido! Basta abrir mão de nossas aparentes certezas e encarar o NOVO! A utilização desta tecnologia de comunicação com os alunos seria maravilhosa, pois teríamos mais um recurso de interação aluno/professor. (TIC’s)
Vivenciando a experiência “do despertar do Servo”
Hoje em dia, vejo que tenho vivenciado a experiência “do despertar do servo” com uma certa freqüência. É muito mais fácil e cômodo agirmos de acordo com propostas já “conhecidas” por nós educadores, e quando nos deparamos com o “NOVO”, quando temos que repensar nossa prática, acabamos percebendo que não existe só o mundo das verdades científicas, mas um outro também: o da realidade exterior. (Escola, Projeto Pedagógico e Currículo – leitura do texto: “O despertar” de Lucia Carrasco)
Para quem conseguiu cruzar o caminho das pedras, um banco à sombra das cerejeiras é um prêmio incrível. Sente-se no banco, não apenas para descansar, mas também para poder olhar com tranqüilidade o caminho que ficou para trás e refletir.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

FORMATURA??????????


HOJE MINHA POSTAGEM SERÁ PARA MOSTRAR QUE A FACHADA DE UM PRÉDIO, NEM SEMPRE CORRESPONDE COM SEU INTERIOR. É GENTE! DEPOIS DE TANTO ESTUDO, DE TANTOS ESFORÇOS, DE TANTO CANSAÇO FÍSICO E PRINCIPALMENTE MENTAL, NÓS, ALUNOS DA UFRGS, NA MODALIDADE À DISTÂNCIA, RECEBEMOS A NOTÍCIA DE QUE A NOSSA TÃO SONHADA E ESPERADA FORMATURA SERÁ NO DIA 25/02/2011, NUMA 6ª FEIRA, ÀS 21 HORAS, JUNTAMENTE COM O POLO DE SAPIRANGA!!! PARA MOSTRAR O QUANTO ESTAMOS FRUSTADOS, REGISTRO AQUI, PALAVRAS QUE EXPRESSAM DE CERTA FORMA A NOSSA ATUAL CONDIÇÃO, RETIRADAS DE TANTOS E-MAILS ENVIADOS: ESQUECIMENTO, DESVALORIZAÇÃO, EXIGÊNCIAS, CANSAÇO, CHATEAÇÃO, DESMOTIVAÇÃO, INDIFERENÇA, IMPOSIÇÕES, INFLEXIBILIDADE, DESABAFO, DECEPÇÃO, DESRESPEITO, DISCRIMINAÇÃO, AGUENTAR NO OSSO, GOTA D'ÁGUA, REINVINDICAÇÃO, TRISTEZA, FÚRIA, ERRO, CONSTRANGIMENTO, INFELICIDADE, VERGONHA, PERPLEXIDADE, INSATISFAÇÃO, DESCASO, BAIXO ASTRAL, SACRIFÍCIOS, EXCLUSÃO, ATROPELOS, DEMOCRACIA???
QUE DIREITOS IGUAIS SÃO ESTES???

segunda-feira, 5 de julho de 2010

PROFESSOR PASSAGEIRO OU PROFESSOR TRIPULANTE?

Ultimamente o que mais tenho feito é PENSAR, PENSAR, REFLETIR... OPS! Será que não é a mesma coisa? Viu? Novamente estou refletindo! Mais um semestre vai chegando ao fim, assim como nossas energias. Está sendo mais um semestre de muita correria e sufoco! Além de "estagiar" por 10 semanas, também foi necessário desenvolver a 1ª e a 2ª versão do documento reflexão - síntese, a apresentação em PPT para o workshop e a 1ª versão do relatório de estágio até o dia 7/07. Como se fossem poucas as atribulações, ainda estou fazendo duas eletivas para complementação de créditos. Porém, olhando para trás, percebo como me tornei uma educadora mais capacitada do que imaginava ser. Hoje mais do que nunca, sei que é fundamental que sejam trazidas para a escola, para dentro da sala de aula, as diferentes histórias de vida de cada aluno, para que a leitura de mundo possa ser compartilhada em todas as relações interpessoais. É neste vai e vem de informações que conseguimos chegar mais perto do nosso grande objetivo: aprender a conhecer, para depois ensinar a conhecer. Nossos alunos precisam de atividades voltadas mais para as artes em geral, para a música, para as brincadeiras, para a expressão corporal, ou seja, atividades que sejam desenvolvidas com prazer e que suscitem coletivamente grandes e inesquecíveis momentos de construção de conhecimentos e de liberdade de expressão. Nós educadores, não somos passageiros da espaçonave educação, somos todos tripulantes!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

QUEM PLANTA, COLHE!

Estou fazendo a eletiva Laboratório em Ciências Naturais I, e uma das atividades que precisamos realizar é a tão famosa experiência do feijão. Tivemos que realizar a experiência em casa, com familiares, e na escola, com os alunos. Tanto na escola como em casa escolhi observar quatro condições. Todos os feijões foram colocados em algodão umedecido com água. Em cada copo plástico foram
colocadas quatro sementes de feijão. Um copo foi colocado bem próximo à janela, outro no escuro, outro no banheiro e o último num lugar mais neutro. A cada dia, todos os copinhos foram observados e comentados. A maioria brotou. O que quero deixar aqui registrado, não são as observações feitas nestes dias de investigação, mas sim a iniciativa tomada por minha aluna do 1º ano, a Bruna. No mesmo dia que começamos a experiência, Bruna chegou em casa e com a ajuda da mãe, também iniciou a mesma experiência. Assim que os feijões de Bruna começaram a brotar, eles foram levados para a escola. Todos os outros alunos ficaram admirados com a experiência de Bruna, pois eram mais visíveis as transformações dos feijões. Bruna disse que todos os dias molha um pouquinho os seus feijões, que ficam na cozinha de casa, em cima de um balcão. Seus colegas se empolgaram e disseram que também iriam plantar feijão no algodão. Bruna ficou muito orgulhosa com a atenção que recebeu dos colegas, e eu feliz por ter provocado em Bruna, através de uma "simples" experiência, a sua curiosidade!

domingo, 20 de junho de 2010

O INÍCIO, O MEIO E O FIM!

ATIVIDADE DO 2º DIA DE ESTÁGIO

Foi exatamente 45 dias de estágio, 180 horas. Desde o início do estágio, tínhamos que ao final de cada semana de trabalho, fazer nossas reflexões. Assim como a minha tutora Luciane sugeriu, a teoria de Vygotsky me ajudou no desenvolvimento do meu projeto de estágio, pois a maioria das atividades planejadas por mim levou em consideração as relações interacionistas. Elas foram geradoras de aprendizagens muito significativas, pois a maioria dos alunos pode exercer sua capacidade dialógica. Do início do estágio até o último dia, houve um notável desenvolvimento intelectual na vida escolar de meus alunos. Alguns que nada diziam, hoje já conseguem se expressar oralmente de forma bem tímida, mas muito válida. Outros que já participavam um pouco, hoje participam mais! O estágio foi um período de superações, se for levado em conta a qualidade de minhas reflexões semanais. A primeira foi:

Todos os objetivos propostos nesta semana foram contemplados. O comportamento dos alunos teve grande influência ao realizarem as atividades. Estavam menos agitados e mais interessados e participativos. Um momento não comentado até agora, deixou-me feliz, pois percebi que ainda é possível crer que a inocência da criança existe e que podemos fazer dela uma aliada nossa. Crianças com esse desenvolvimento cognitivo precisam ser estimuladas sempre! O ambiente escolar tem que ser prazeroso, alegre e lúdico, assim como tento planejar.

- Gente, quais são as diferenças entre o Gabriel e a Patrícia? (desenhos expostos na sala de aula)

Primeiramente eles disseram que eram as roupas, o cabelo e que as meninas brincavam de boneca e os meninos de carrinho e bola.

Quando questionei mais ainda, vieram respostas acertadas.

- O que o menino tem que a menina não tem, e o que a menina tem que o menino não tem?

- Pinto!

- E a menina?

- Pepeca!

Terminei dizendo: _ É isso mesmo!

A última reflexão pode expressar claramente o meu envolvimento com o estágio:

Para estes três últimos dias de estágio, a minha proposta continuou sendo a de criar atividades e/ou situações, onde o aluno pudesse junto comigo, aprender e ensinar. Ou seja, na busca por respostas, alunos e professora fizeram trocas muito significativas. Por exemplo: quando fomos realizar a primeira atividade de quarta - feira, os alunos sugeriram características aos desenhos, que se não tivessem sido provocados por meus questionamentos, se fariam ausentes. Já venho comentando em minhas reflexões semanais e em meu blog, como os meus alunos do 1º ano "eram" apáticos e pouco participativos. Digo eram, pois durante as dez semanas de estágio, acredito ter provocado mais meus alunos, desacomodando-os, devido à frequentes questionamentos. Algo que foi significativo e perceptível também, foi a mudança de comportamentos em alguns alunos que até pouco tempo, eram meros espectadores de minhas aulas. Quando os alunos participam com suas ideias, devem ser sempre estimulados para que suas tentativas não sejam frustradas. Algumas vezes, o que os alunos dizem não atende às expectativas ditas "prováveis". Mas é aí que entramos como mediadores! Ao estabelecermos um diálogo franco e objetivo, com os nossos alunos, estaremos construindo um ambiente onde as aprendizagens serão internalizadas, deixando de ser meras informações.

Os estudos de Vygotsky sobre aprendizado decorrem da compreensão do homem como um ser que se forma em contato com a sociedade. "Na ausência do outro, o homem não se constrói homem", escreveu o psicólogo. Ele rejeitava tanto as teorias inatistas, segundo as quais o ser humano já carrega ao nascer as características que desenvolverá ao longo da vida, quanto as empiristas e comportamentais, que vêem o ser humano como um produto dos estímulos externos. Para Vygotsky, a formação se dá numa relação dialética entre o sujeito e a sociedade a seu redor – ou seja, o homem modifica o ambiente e o ambiente modifica o homem. Essa relação não é passível de muita generalização; o que interessa para a teoria de Vygotsky é a interação que cada pessoa estabelece com determinado ambiente, a chamada experiência pessoalmente significativa.

Fica aqui também, um questionamento a todos educadores engajados com o ensino e a aprendizagem: "O que sei do meu aluno? O que ele já sabe? O que ele poderá aprender? Quais as atividades que mais estimulam o pensamento do meu aluno? Posso apresentar às crianças, formas diferentes de pensar? Se sim, como as percebo? Percebendo-as, o que posso aproveitar de todo este processo?”


HOJE ESTOU FELIZ POR FINALIZAR O MEU ESTÁGIO COM A SENSAÇÃO DE MISSÃO CUMPRIDA! ATIVIDADE DO 44º DIA DE ESTÁGIO

segunda-feira, 14 de junho de 2010

DE CARA COM O NOVO!


Nesta semana de estágio, um momento de aula teve um sabor especial. Levei meus alunos do 1º ano no EVAM, o laboratório de informática bem equipado de nossa escola. Antes mesmo de irmos para o laboratório, já havia comentado com as crianças que iríamos a um lugar que eles ainda não conheciam, e que cada um teria um computador à sua disposição. A alegria já começou neste instante! Chegamos ao EVAM! As crianças foram direto aos computadores, puxando a cadeira e se instalando confortavelmente. A proposta para aquele momento era jogar através de um CD interativo da coleção ECOLOGIA, o jogo de cartas (memória), o quebra-cabeça e o jogo RECICLAGEM. Todos os jogos estão relacionados com o tema desenvolvido nesta semana de estágio que é: ECOLOGIA/MEIO AMBIENTE. A primeira atividade, todos tiraram de letra, até mesmo porque já jogaram várias vezes, memória. O quebra-cabeça não foi fácil para quatro alunos. Porém, mesmo apresentando bastante dificuldade em montá-lo, estes alunos foram persistentes. Não demonstraram nenhum sinal de desânimo. Fiquei muito feliz com estas quatro crianças, pois diariamente incentivo meus alunos a não desistirem de suas ações, sem antes tentar, tentar e tentar. Vendo que não iam conseguir concluir o quebra - cabeça troquei de jogo, já que os outros colegas estavam adiantados. O jogo RECICLAGEM foi o grande desafio do dia! Este jogo exige movimentos muito rápidos, pois é preciso concluí-lo dentro de um determinado tempo. Os alunos tinham que colocar latas de refrigerante, potes plásticos, jornais e garrafas de vidro dentro de quatro lixeiras identificadas pelo tipo de material, que eram: papel, metal, vidro e plástico. As reações foram diversas! Giovana conseguiu completar a separação do lixo, por várias vezes. A maioria das crianças tentou várias vezes e não conseguiu. O aluno Yohan, que é muito esperto e que lê fluentemente, foi o único a desistir do jogo RECICLAGEM. Deixei-o passar para os jogos anteriores, pois queria que todos tivessem uma aula prazerosa e bem proveitosa. E foi o que aconteceu! Antes mesmo de sairmos do laboratório, os alunos já estavam perguntando quando voltaríamos. Uma vez por semana meus alunos vão ao outro laboratório, onde utilizam as mesas da POSITIVO. Se for possível, tentarei levar meus alunos novamente ao EVAM, pois a variedade de atividades neste espaço aumenta consideravelmente!