segunda-feira, 31 de maio de 2010

APRENDIZADOS COMPROMETIDOS!!!

Nesta semana do estágio, de 24/05 a 28/05, trabalhei com meus alunos sobre OS CINCO SENTIDOS. Não considero este tema fácil de ser desenvolvido com crianças de 1º ano, por isso, procurei diversificar as atividades a serem realizadas. Algumas das atividades foram: percorrer um caminho definido com os olhos vendados, sendo conduzido por um colega, identificar o colega através da voz, copiar os nomes dos sentidos, ouvir uma história e fazer relações com os cinco sentidos, recortar de revistas e colar os órgãos dos sentidos, desenhar alimentos doces e alimentos salgados, texto coletivo ("com as minhas mãos posso..."), atividade prática ( memória olfativa: identificar oito odores diferenciados, apenas cheirando). As três últimas atividades citadas me levaram a pensar com mais atenção. Estas atividades exigiam dos meus alunos uma participação individualizada, pois todos teriam que fazer um resgate em suas memórias. A maioria das crianças teve dificuldade em classificar alimentos doces e alimentos salgados, havendo neste caso muita cópia entre eles. Em relação ao texto coletivo, cinco crianças não conseguiram citar algo que é feito com as mãos! Quanto à atividade prática, fiquei mais admirada ainda! Levei os seguintes cheiros: sabonete, canela, vinagre, alho, café, chá, Nescau e mel. A primeira aluna que chamei para realizar esta experiência, nos quatro primeiros odores, disse que eram perfumes e os outros, disse que não sabia. Algumas respostas dos alunos: chá virou carne, vinagre virou estragou, Nescau virou repolho e mais uma vez o vinagre, que virou sangue! Durante esta semana de estágio, pude perceber que meus alunos não interagem com as pessoas do seu convívio familiar de forma significativa. Devido ao ritmo acelerado de nossas vidas, muitos pais não tem se dedicado aos seus filhos, seja por cansaço ou por falta de tempo. Estas crianças vão se fechando para o mundo de tal forma que deixam de ser naturalmente curiosas. Neste sentido, nós educadores temos uma importante missão: escutar o aluno e intervir no seu agir, sempre que necessário. A leitura de mundo deve ser feita por todos: alunos, pais, professores e indivíduos que fazem parte do meio social do qual pertencemos. É na troca de ideias, no intercâmbio de conhecimentos, que conseguiremos atingir de verdade todos os conhecimentos internalizados por nossos alunos. E assim, provocar transformações, mudanças, que servirão de requisito para futuras descobertas.
EDUCAR PARA O MUNDO É UM COMPROMISSO DE TODO CIDADÃO CONSCIENTE!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

"LENDO O MUNDO DOS ALUNOS"

Nestas 6 semanas de estágio e principalmente nesta última, venho percebendo que cada vez mais precisamos aproximar nossos alunos de sua verdadeira realidade. É preciso trazer para dentro das salas de aula, elementos diversificados que constituem o "mundo" de nossos alunos. É necessário que professor e aluno façam uma "leitura de mundo" coletivamente e individualmente. A interação professor/aluno favorece o desenvolvimento de mudanças internas, que servirão de base para tantas outras aprendizagens. Precisamos desacomodar o nosso aluno, precisamos desafiá-los! Temos que CRIAR diariamente momentos onde cada aluno possa "falar" de suas vivências, ou seja, trocar experiências e conhecimentos. Nossos alunos precisam ser constantemente desafiados para que cada vez mais, façam grandes e significativas descobertas. Toda vez que conseguirmos "ouvir" nossos alunos sem rotulação, sem qualquer tipo de preconceito, chegaremos mais perto de seu mundo. Se em casa a criança é podada ao tentar expressar-se oralmente, só lhe resta pedir "socorro" dentro da escola, para seus professores. A criança que é estimulada para falar, traz em cada pronunciamento seu, um pouco de si e do ambiente no qual está inserida. Desta forma, professor e aluno ensinam, professor e aluno aprendem.
Esta reflexão vem de encontro com uma atividade realizada no dia 20/05. Apresento aqui, sua descrição na íntegra:

Conversamos sobre: trabalho em grupo e individual, a fim de relacionar vantagens e/ou desvantagens de tais práticas. Esta atividade não correspondeu às minhas expectativas, pois esperava que os alunos tivessem mais a dizer.

EM GRUPO

# AMIGOS ENSINAM OS OUTROS.

# O TRABALHO É MAIS RÁPIDO.

# NAS ESCOLHAS, VENCE A MAIORIA.

INDIVIDUAL

# DEMORA MAIS.

# PORQUE TEM QUE APRENDER.

Na verdade, se levar em conta os alunos dos anos passados, os desse ano, são menos participativos, mais introspectivos, e um pouco imaturos para a idade de 6 anos, que é a que predomina.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

QUE MANHÃ PROVEITOSA!


Este é o título da história que li na terça - feira, dia 11/05, para os meus alunos do 1º Ano. À princípio, não achei o texto muito interessante. Foi um engano meu! As ilustrações do livro juntamente com as palavras que ao longo de suas páginas se revelavam, provocaram nos alunos comentários entusiasmados. A história foi conhecida lentamente. A cada página apresentada, uma reação diferente era provocada! A história fala de um menino que se compara com animais, de acordo com suas características. Por exemplo: sou rápido como um gafanhoto, sou lento como um caracol. Contei a história fazendo muito suspense, pois queria que os alunos usassem integralmente a sua capacidade de imaginar. Quando apareceu o touro: "nossa que grande!"; quando apareceu o coelho: "que fofinho!"; quando apareceu o cachorro: "ele tá triste!" Assim como o menino da história que se comparava com os animais, também os meus alunos o fizeram. Montei um quadro onde constava todos os nomes dos alunos e algumas comparações que apareceram no texto.
Eles tiveram que fazer três escolhas: você é mais rápido como um gafanhoto, ou mais lento como um caracol?; você é barulhento como um leão ou quieto como uma ostra?; você é preguiçoso como um lagarto ou trabalhador como uma abelha? Antes de começarem a fazer as suas escolhas, expliquei que teriam que pensar bem no seu modo de ser, para que as respostas fossem as mais verdadeiras possíveis. Algumas crianças se encaixaram exatamente nas comparações. Outras fizeram escolhas que não condiziam com a realidade. A última pessoa a responder no quadro era eu. Resolvi pedir para as crianças escolherem por mim. Por isso, sou rápida como um gafanhoto, quieta como uma ostra e trabalhadora como uma abelha. Após o preenchimento do quadro, fomos para a aula de informática. No laboratório, cada aluno tinha que desenhar um animal que apareceu
na história. Apareceram desenhos lindos!


Rápido como um gafanhoto: texto de Audrey Wood e imagem de Don Wood

segunda-feira, 10 de maio de 2010

PLANEJAR, CRIAR, RECRIAR...

Todo final de semana tem sido uma caixinha de surpresas para mim. Ao sentar para fazer minhas reflexões sobre a semana de estágio que passou, e para planejar as atividades para a próxima semana, fico um pouco (ou muito?), "elétrica". Para as reflexões, procuro fazer uma retrospectiva minuciosa de tudo o que ocorreu comigo e com os meus alunos durante as atividades realizadas. Esta semana foi sem dúvida bem tumultuada, mas ao mesmo tempo proveitosa, principalmente para os meus alunos do 1º ano. Eles estavam muito empolgados com tudo que fizemos em função do dia das mães. Também estive motivando meus alunos a fazerem surpresa para as suas mães. Falei que poderiam esconder o cartão e o vidro pintado por eles, até o domingo.
Alguns até já tinham escolhido o lugar certo para esconder o presente da mãe.
Chega a hora de planejar! Ou será que é a de CRIAR? Sempre procurei muito por atividades e metodologias diferenciadas, pois a rotina também me desagrada. Muitas vezes busquei novidades, mas sem encontrá-las, acabava criando, inventando "coisas", arquitetando! A comodidade facilmente toma conta da gente, e sem percebermos, caímos num círculo vicioso. Com a necessidade de realizar o meu estágio, voltei a criar, pensando principalmente no meu aluno. Estou percebendo que o meu potencial criativo não morreu, ele apenas estava adormecido. Nessas cinco semanas de planejamento, já propus aos meus alunos, atividades que certamente, nunca foram realizadas. Esta história de planejar por semana está influenciando consideravelmente nas minhas práticas de sala de aula. Estou convencida de que PLANEJAR continua sendo um bom negócio. Um ensino direcionado, mais organizado, nos permite vislumbrar significativas aprendizagens, sob todos os aspectos.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

TODA HORA, É HORA DE APRENDER!


Passei pela 3ª semana de estágio. O tema trabalhado nesta semana foi "Hábitos de Higiene". Mesmo sendo um assunto que faz parte de nossas rotinas, por ter sido bem trabalhado, com certeza "provocou" mudanças significativas e positivas nas atividades diárias de meus alunos.
Agora, quando vão ao banheiro, a maioria não precisa ser avisada para dar a descarga e lavar as mãos.
Nesta semana, os alunos realizaram atividades de recorte. Assim que iam terminando, prontamente, várias crianças começavam a recolher as sobras de papéis e as colocavam na lixeira.
Mas, na busca por novidades, na busca por conteúdos consistentes, tanto os alunos como a professora, conseguiram construir novos conhecimentos. Toda e qualquer aprendizagem sempre suscitará em nós, constantes aprendizes, certo desequilíbrio, pois aquilo que sabia até então, hoje poderá ter um outro significado. Um exemplo bem simples e talvez até "ingênuo" de minha parte, é que ao procurar por atividades diferenciadas e definir qual a metodologia que poderia surtir melhor efeito, "descobri", isto é, fiquei sabendo que, além do piolho da cabeça, tem o piolho do corpo, que fica grudado em nossas roupas.
Nunca é tarde para saber. E, quem não souber aproveitar todas as possibilidades de aprendizagem que se desenham em nossas relações sociointeracionistas, estará perdendo tempo!